segunda-feira, 27 de setembro de 2010

«Benfica é quase uma religião» - Jorge Jesus

Devolveu o título ao clube na sua época de estreia, levando milhares de adeptos para as ruas. Jorge Jesus diz que o ceptro de campeão nacional «criou uma onda de identidade e de paixão» entre a família benfiquista, fazendo renascer um sentimento adormecido. Para o treinador, o Benfica «é mais do que um clube em Portugal, é quase uma religião».
«Foi uma emoção enorme, porque o Benfica não era campeão há cinco anos e nas 19 épocas anteriores só tinha conquistado o título de 1994», diz Jesus em entrevista ao site da UEFA, considerando que o título «criou uma onda de identidade e de paixão» entre os adeptos. «É um factor muito importante, pois voltaram a vibrar e a adorar a equipa. O Benfica é mais do que um clube em Portugal, é quase uma religião», considera.

Em entrevista ao organismo que tutela o futebol europeu, o treinador das águias fala, também, dos objectivos da águia no regresso ao patamar mais alto do futebol no “Velho Continente”. «O Benfica tem grandes ambições na Liga dos Campeões. O nosso objectivo é ultrapassar a fase de grupos e ganhar identidade na Europa, como já tivemos no passado. O Benfica não participava há alguns anos na Champions e, agora, temos de aproveitar esta oportunidade», sublinha.

Barcelona e Benfica foram os melhores da Europa

A vitória sobre o Hapoel Telavive, na jornada inaugural da fase de grupos, ajudou a aumentar a expectativa quanto a uma boa presença na principal prova europeia de clubes. Jorge Jesus diz estar em sintonia com os anseios dos adeptos. «O Benfica habitou os adeptos a conquistar títulos e ficam satisfeitos quando ganhamos na Liga dos Campeões. Querem que a equipa vá o mais longe possível, o que significa chegar aos quartos-de-final, meias-finais e final. Os treinadores do Benfica têm sempre esta pressão, que resulta do passado do clube, mas sabemos que podemos ir longe na prova», afiança.

O Benfica atingiu os quartos-de-final da Liga Europa na época transacta, trajecto que, segundo Jesus, poderia ter sido mais longo. «No ano passado tivemos uma boa participação e poderíamos ter ido mais longe, mas tínhamos outros objectivos importantes: sermos campeões nacionais», justifica, notando que, na Champions, «os desafios são mais equilibrados». «Mas, como consideramos que estamos ao nível dos melhores, queremos fazer história na edição deste ano», vinca, rematando: «Considero que nas competições europeias da época passada houve duas grandes equipas: o Barcelona e o Benfica».

Fonte: Abola

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