Logo quando Carlos Martins parte para bater o livre na direita do ataque, já o camisola 23 está no coração da área a "segurar" Jumisse. E quando a bola parte, Javi García - até aí tinha Soares a fazer-lhe marcação individual - desloca-se do segundo poste para a zona de decisão. Atrás do espanhol tentou vir, claro, Soares, mas o jogador do Portimonense acabou por ficar pelo caminho, esbarrando na parede.
E a parede, neste caso, chamou-se David Luiz, que puxou de um bloqueio ao melhor estilo do basquetebol para travar as movimentações defensivas dos adversários e permitir a entrada triunfante do camisola 6.
Jorge Jesus não tem definido um padrão claro para o ataque às bolas paradas - até porque, dessa forma, seria mais simples aos adversários anular estas oportunidades de golo -, mas existem alguns pontos em comum em todos os golos resultantes deste tipo de lances até agora festejados pelos encarnados
. Regra geral, David Luiz está sempre mais colocado junto ao primeiro poste, enquanto Saviola se fixa invariavelmente no segundo. Em zona frontal ao guarda-redes costumam posicionar-se Luisão, Javi García e ainda o ponta-de-lança (seja ele Cardozo ou Kardec). Dentro desta distribuição-base, existem depois diversas variantes, quer criadas em função da marcação dos adversários - ora individual, ora à zona - quer da própria criatividade de Jorge Jesus no aperfeiçoar destas jogadas.
Certo é que, só nesta época, o emblema da Luz logrou festejar mais de um terço dos seus golos no seguimento de bolas paradas batidas por Aimar ou Carlos Martins. Ao todo, são quatro tentos de um total de onze.
fonte: OJogo
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