As regras existem para terem excepções, algo que o Benfica irá tentar provar esta noite em Gelsenkirchen, frente ao Schalke 04, em jogo da segunda jornada da Liga dos Campeões. Os encarnados irão jogar pela 18ª vez em casa de um adversário alemão nas provas europeias e tentar o que nunca conseguiram, nem nos tempos de Eusébio ou Chalana: vencer.
A maldição começou em 1961/62, época em que o clube da Luz conquistou a segunda Taça dos Campeões Europeus da sua história. A visita a Nuremberga terminou com uma derrota por 1-3, ultrapassada três semanas mais tarde em Lisboa com um triunfo por 6-0.
Mas foi a primeira cena de um filme de terror que já dura há quase 50 anos. No total, o Benfica soma seis empates e 11 derrotas em solo germânico, algumas delas por números bem embaraçosos, como os 0-5 em Dortmund em 1963/64 e os 1-5 em Munique, em 1975/76. Os total de golos também é claramente desfavorável às águias: 15 marcados e 44 sofridos.
Curiosamente, a Alemanha tem sido um destino habitual em épocas recentes. O jogo com o Schalke é o quarto consecutivo em território germânico, depois de três visitas consecutivas na Taça UEFA/Liga Europa. Do mal o menos, pois as equipas de Camacho, Quique Flores e Jesus regressaram a Lisboa com empates. Algo que não seria de desdenhar esta noite.
As culpas mais óbvias são dos sempre temíveis adversários alemães, mas parece que o problema nem é só esse. E até quando o Benfica foi à Alemanha para defrontar uma equipa que nem era alemã se deu mal: a final da Taça dos Campeões Europeus de 1988, perdida no desempate por penáltis frente aos holandeses do PSV Eindhoven, foi disputada em... Estugarda.
Vamos lá a nova tentativa, a 18ª, para dar à regra aquilo que precisa: uma excepção.
Duas vitórias é meio caminho andado
Jorge Jesus disse-o ontem: vencer esta noite em Gelsenkirchen colocará o Benfica numa excelente posição para conseguir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Tanto pelos seis pontos que isso significaria como pelo facto de deixar um dos adversários directos ainda sem pontuar ao fim de duas partidas, complicando e muito as suas contas. Só para se ter uma ideia, na época passada em seis dos oito grupos houve pelo menos uma equipa a apurar-se com 10 pontos ou menos. Obter seis pontos com ainda quatro jornadas por disputar (duas delas em casa) colocaria a equipa de Jorge Jesus com a chave dos oitavos-de-final da mão. Ah, e é importante não esquecer, representará mais 800 mil euros para os cofres dos encarnados, que já garantiram 8 milhões nesta temporada.
Schalke 04 | Benfica
19h45 | Sporttv 1 Estádio Veltins Arena
Árbitro Gianluca Rocchi [Itália]
Assistentes Renato Faverani e Andrea Stefani
Assistentes Adicionais Mauro Bergonzi e Antonio Damato
4º Árbitro Emidio Morganti
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Schalke
Treinador Felix Magath1 Neuer GR
28 Moritz LD
6 Plestan DC
21 Metzelder DC
2 Sarpei LE
10 Rakitic MD
32 Matip MD
23 Jones MD
18 Jurado MO
7 Raúl AV
25 Huntelaar AV
-
33 Schober GR
22 Uchida LD
13 Schmitz LE
12 Kluge MD
11 Baumjohn MO
9 Edu AV
17 Farfán AV
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Excluídos: Howedes (vermelho)
Em risco de exclusão: Nada a assinalar
Benfica
Treinador Jorge Jesus 12 Roberto GR
14 Maxi Pereira LD
4 Luisão DC
23 David Luiz DC
25 César Peixoto LE
6 Javi García MD
17 Carlos Martins MO
10 Aimar MO
18 Fábio Coentrão MO
30 Saviola AV
7 Cardozo AV
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1 Moreira GR
13 Júlio César GR
28 Sidnei DC
2 Airton MD
16 Felipe Menezes MO
8 Salvio AD
20 Gaitán AE 11 Jara AV
21 Nuno Gomes AV
31 Alan Kardec AV -
Excluídos: Nada a assinalar
Em risco de exclusão: Nada a assinalar
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